Muitas cidades brasileiras estão, mais uma vez, vivenciando alterações do clima. Esses eventos naturais podem causar, por exemplo, tempestades extremas, produzindo vítimas fatais. Isso, por sua vez, ocorre por meio de consequências como deslizamentos e transbordamentos de rios.
As causas das mudanças climáticas são, como se sabe, as ações do homem contra a natureza. Essas ações agridem o ambiente com a poluição tanto no ar quanto na água, destruindo florestas, matas nativas e matas ciliares. Outras ações incluem a derrubada de árvores, a poluição de rios com a mineração e o envenenamento da água e do solo com mercúrio e defensivos agrícolas. No entanto, tudo isso já foi divulgado e condenado, podendo, inclusive, ser impedido, bastando vontade política e uso da Lei.
Como dito anteriormente, as consequências das mudanças climáticas são as tempestades extremas. Elas, por sua vez, podem criar altos volumes pluviométricos e, nessas situações, pode chover em um único dia mais do que deveria chover em um mês inteiro, causando deslizamentos e escorregamentos em superfícies previamente denominadas como “áreas de risco”.
Da mesma forma, pode ocorrer o transbordamento de rios localizados em áreas de preservação. No entanto, é preciso concordar que haveria menos mortes ou até mesmo nenhuma se não houvesse habitações nessas áreas.
Geralmente atacamos as causas, sim, mas estas não estão apenas em nosso país. É bem verdade que as agressões ao nosso ecossistema repercutem diretamente no Brasil, mas, assim como aqui, outros países também praticam essas agressões que culminam nas mudanças climáticas.
Deixemos as causas para serem discutidas em outra ocasião e vejamos como nossos governantes podem minimizar as consequências. Afinal, esse é o principal objetivo desta matéria e são essas, algumas das medidas que podem evitar a mortandade ocasionada pelas chuvas torrenciais.
Considero a instalação de sirenes e a criação de rotas de fuga métodos “paliativos”. Isso porque eles dão a falsa impressão de segurança. Sendo assim, a primeira coisa a ser feita deveria ser evitar as construções irregulares. Isso seria possível por meio da fiscalização permanente e séria, o que não ocorre de fato pois sempre tem “alguém” procurando tirar proveito político delas, aparentando estar ajudando. Sim, porque pode haver incentivo a essas apropriações irregulares, seja por “fechar os olhos” ou por prometer títulos de propriedade em ano eleitoral.
Afinal, é preciso ter em mente a relação entre as mudanças climáticas e as construções irregulares. Estas últimas aumentam e muito, o risco de deslizamento devido ao corte de terreno para assentamento dessas construções. O quadro se agrava com o despejo das águas servidas e com a impermeabilização do solo.
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